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[~ texto escrito ao som de radiohead] se algo parecer melancólico é pura coincidência (08/03/24)

Enquanto conversávamos durante o almoço, surgiam vozes com dúvidas e afirmações:

“Ela não faz ideia do que sinto por ela.”

“Ela realmente mexe comigo de um jeito diferente.”

“Será que nunca dei na cara que estou apaixonado?”

“Será que tudo vai mudar no dia em que ela souber?”

Enquanto escrevo chove lá fora e aqui dentro, mas por quê?

Ela me faz querer ser uma pessoa melhor.

Ela é uma das minhas pessoas favoritas no mundo e as lembranças com ela parecem uma cena de um filme, um videoclipe, uma junção perfeita de luz, sombra, enquadramento, poesia e sentimento.

E quando penso nela é impossível não lembrar daquele filme e daquele diálogo:

“Quando se é jovem a gente acredita que vai ter uma conexão verdadeira com várias pessoas, mais tarde na vida percebemos que isso acontece apenas algumas vezes…”

Faz tempo que não me sentia assim, parece que tenho 14 anos novamente…

E o que o menino de 14 anos fazia…

Escrevia para tentar expressar o que sentia.

Nunca pedi desculpas pelo beijo que ela não queria. Não existe justificativa e isso ainda dói.

Essa dor é escolhida por mim mesmo?

Essa poesia é escolhida por mim mesmo?

Esse é o ápice da beleza triste?

Não sei se escrevo para mim ou para ela.

Escrevo para deixar de sentir? Ou escrevo para sentir intensamente?

Talvez nada disso faça sentido, mas o que eu sei é que ela me faz um bem que ninguém me faz.

Se faz sentir, faz sentido.

E o quão bem ela faz, parece inversamente proporcional ao mau da sua ausência.

Eu só queria que você soubesse que sempre haverá uma parte de você em mim. E sou grato por isso.

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